Projetos de pesquisa

Coordenadora

Simbolo-assimetrias

Worlds of Journalism Study – WJS3 (Etapa Brasil)

Kérley Winques

A pesquisa WJS3 dá continuidade a um estudo global sobre o jornalismo, envolvendo mais de 100 países e, no Brasil, pesquisadores de diversas universidades públicas. O projeto investiga a profissão jornalística em meio a um cenário de crise, analisando aspectos como autonomia editorial, influências, ética, segurança e condições de trabalho. A abordagem comparativa e longitudinal permite mapear transformações na profissão ao longo do tempo. No Brasil, o estudo é coordenado pela UFSM e internacionalmente sediado na LMU, na Alemanha.

Product thinking e jornalismo digital

Kérley Winques

A pesquisa investiga a relação entre a plataformização e as práticas culturais dos jornalistas em torno do Product Thinking em redações nativas digitais. A partir da análise de experiências em veículos como AzMina e Núcleo Jornalismo, busca compreender como essa abordagem impacta a organização do trabalho, a produção e a circulação de conteúdos jornalísticos. O estudo examina inovações em narrativa, formato e modelo de negócio, além de discutir o impacto das big techs sobre esses modelos.

Projetos de pesquisa

Componentes

Simbolo-assimetrias

Product Thinking e Jornalismo Digital: Abordagens contemporâneas para compreender e responder à plataformização

Alice A. C. Ribeiro e Olavo Claus – Iniciação científica

Como as redações digitais podem escapar da dependência e do domínio das big techs sobre a informação? Essa é a pergunta que norteia a pesquisa que analisa veículos nativos digitais brasileiros em torno da lógica do Product Thinking. A ideia é estudar os novos modelos de inovação, sustentabilidade e resistência no meio digital implementados por jornalistas que valorizam o debate público na era da plataformização.

Trans Hacking: corpos diversos em um sistema binário

Noah Souza Rosa – Mestrando

A pesquisa investiga como o universo digital reproduz microagressões ao priorizar padrões cisnormativos e brancos. Propõe o conceito de “Trans Hacker”, analisando a transição de gênero como uma forma de hacktivismo. A metodologia inclui entrevistas com pessoas trans para compreender como usam a tecnologia para expressar ou proteger sua identidade. Também examina estratégias digitais para evitar transfobia e gerar euforia de gênero. A pesquisa associa essas práticas ao movimento hacker, desafiando normas tecnológicas e sociais.

A plataformização amplia as esferas de liberalização e inclusividade na democracia? Um estudo das redes sociais sob o olhar de Robert Dahl

Júlia Valgas — Iniciação científica

Para Dahl, a democracia é decomposta em duas esferas de análise: as possibilidades de a) contestar decisões dos governos e de b) participar em eleições públicas de forma competitiva. Meu objetivo, portanto, é entender como as redes sociais interferem na lógica financeira – até então a principal responsável por definir essas possibilidades – e se essas alterações são efetivas ou apenas instrumentalizadas pelas Big Techs.

Plataformização da publicidade: afetações e agenciamentos no trabalho de gestão de tráfego pago na plataforma Meta Ads

Leony de Paula – Mestrando

O estudo analisa as transformações no trabalho publicitário a partir plataformização com foco no gestores de tráfego pago da plataforma de anúncios da Meta. A pesquisa busca examinar as dinâmicas de modulação desses profissionais diante do controle infraestrutural das big techs, combinando o método da tecnografia (Bucher, 2018) e a análise de controvérsias proposta por d’Andréa (2020), além de entrevistas semiestruturadas com profissionais de tráfego pago atuantes na plataforma Meta Ads.

Inteligência Artificial no jornalismo brasileiro: uma análise do projeto Irineu d’O Globo e seus reflexos na leitura jornalística

Carolina Leonel – Mestranda

A pesquisa propõe investigar os reflexos do uso da Inteligência Artificial no jornalismo no Brasil, com foco na leitura e recepção de notícias no ambiente digital, a partir de uma análise do projeto Irineu, primeira ferramenta de inteligência artificial d’O Globo – cujo um dos objetivos é resumir reportagens do site do jornal. O intuito é analisar se o conteúdo elaborado a partir da lógica algorítmica modifica a leitura dos fatos pelo público, implicando em uma reconfiguração da percepção do jornalismo profissional pelo leitor.

Movimentos dataficados e resistência algorítmica: o papel das tecnicidades nas práticas colaborativas da União Nacional dos Estudantes (UNE)

Ana Lidia Resende – Mestranda

O objetivo da pesquisa é investigar as práticas de resistência e colaboração de estudantes brasileiros mediadas pelas plataformas de mídia social. Dessa forma, explorar o impacto da plataformização nas práticas de comunicação dos movimentos sociais a partir da observação da União Nacional dos Estudantes (UNE). O estudo espera esclarecer de que forma os processos colaborativos são mediados pelas tecnologias e como os estudantes negociam suas práticas comunicativas em um ambiente digital mediado algoritmicamente.

Desinformação patrocinada: a infraestrutura de anúncios publicitários disfarçados de jornalismo da Brasil Paralelo na Meta Platforms

Darlan Augusto Pacheco Tomaz – Mestrando

A pesquisa discute o contexto da publicidade impulsionada pela Brasil Paralelo nas redes sociais da Meta Platforms, à medida que a empresa, autodenominada ‘de jornalismo’, se posiciona como uma das maiores investidoras em publicidade na Meta.